sábado, 13 de abril de 2013

Prisão de ventre na gravidez



O organismo da futura mamãe trabalha de forma intensa para oferecer as condições necessárias ao desenvolvimento do bebê. No entanto, as transformações hormonais provocam uma série de desconfortos na mulher. A prisão de ventre, também conhecida como constipação intestinal, é um dos sintomas mais comuns desse período e pode piorar se a gestante já tinha esse problema antes de engravidar. 

Segundo Daniela Schimtz, obstetra e ginecologista do Hospital São Camilo de São Paulo, cerca de 70% das grávidas sofrem de prisão de ventre. “Os hormônios da gravidez, especialmente o progesterona, afetam os músculos do intestino grosso, fazendo com que o peristaltismo [movimento que o intestino faz para empurrar o alimento fique mais devagar”, diz.


A digestão mais lenta intensifica a fermentação dos alimentos, provocando gases intestinais e cólicas. Além disso, as fezes ficam mais duras e as idas ao banheiro se tornam cada vez mais raras. “O esforço para evacuar e o peso do útero sobre as veias da parte inferior do abdome também podem provocar hemorróidas”, afirma Daniela.  

Dicas salvadoras

Manter uma dieta rica em fibras e líquidos é fundamental para evitar a constipação intestinal. Assim como para quem não está no período gestacional, frutas como o mamão, ameixa, damasco, morango, abacaxi e laranja com bagaço são as mais indicadas para comer no café da manhã e entre as refeições. Deve-se evitar banana, maçã, pera e goiaba. 

Verduras e legumes não podem falar no cardápio das gestantes, especialmente os crus, que são ricos em fibras, ajudando o intestino a digerir os alimentos. “Iogurtes e cereais integrais também são fundamentais para regular a flora intestinal”, diz a médica. 

Beber bastante líquido diariamente é outra dica importante. “As gestantes devem dar preferência à água e aos sucos naturais sem açúcar ou adoçantes, já que esses produtos fermentam e causam gases. Exercícios físicos também amenizam o problema, como a caminhada e ioga. Em alguns casos, o médico pode receitar o uso de laxantes apropriados”, ressalta a obstetra.



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